(*) Dom Henrique S. da Costa
Nas últimas duas semanas a igreja nos está fazendo escutar trechos da
Epístola aos Hebreus. Trata-se de um dos livros da Sagrada Escritura.
Seu objetivo é discorrer sobre o sacerdócio de Cristo Jesus. Neste escrito
impressiona as afirmações fortes sobre a divindade e unicidade de Cristo:
ele é o Filho único e eterno do Pai, ele é igual ao Pai, ele é superior a toda
criatura, ele é o Salvador universal: Salvador de todos e único Salvador
para todos. E estas afirmações podem ser encontradas por todo o Novo
Testamento...
É importante nunca esquecer que os textos neotestamentários são a norma
da fé dos cristãos, o critério último da fé da Igreja. Naqueles escritos santos
encontram-se as experiências vivas que os primeiros cristãos fizeram, frutos
daquilo que viram e ouviram, daquilo que testemunharam de Jesus, o nosso
Cristo Salvador. Ali podemos tocar as origens da fé nossa fé: aquilo que
somos, aquilo em que acreditamos e o porquê da nossa certeza. Por isso
mesmo a igreja de cada época deve sempre escutar com devoção e profun-
da obediência estes textos santíssimos.
Faço estas afirmações porque vivemos num mundo de incertezas, no qual
muitas vezes se confunde diálogo com quem pensa e crê diferente com
capitulação da própria fé, escondimento da verdade na qual se apostou a
vida, traição à certeza que nos foi revelada. Há cristãos que perdem a fibra
de cristãos e, para serem simpáticos e “ecumênicos”, pensam poder colocar
Jesus entre parênteses, fazendo dele apenas mais um salvador, talvez o
principal caminho, mas não o único e necessário Salvador de tudo e de todos.
E é esta e só esta a nossa fé: Jesus é o Messias do Pai, Jesus é Deus como o
Pai. Jesus é o único através de quem e para quem tudo foi criado no céu e na
terra, Jesus é o único caminho para o Pai, Jesus é o único Nome no qual se
encontra a salvação, Jesus é o Salvador de braços e coração abertos para
todos e o desejo do Pai é que todos conheçam o seu Filho bendito, nele
creiam e por ele tenham a salvação. O que for menos que isto não é cristão;
o que passar disso é engano.
Aqui não se trata de ser intolerante; trata-se, antes, de ser verdadeiro, coeren-
te com aquilo que se crê, corajoso de dizer a própria identidade. O que leva à
intolerância não é a certeza, mas a incapacidade de dialogar e de respeitar
quem pensa diversamente. Os cristãos devem e querem respeitar a tão plural
realidade de crenças religiosas; pensam até que é muito melhor ter uma
religião que não ter nenhuma e veem em toda religião um bom germe: aquele
do coração do homem que se abre para o Infinito e procura o Rosto do Eterno...
Mas, esses discípulos de Cristo sabem que somente em Jesus Deus se deu
pessoalmente à humanidade, salvando-a, mostrando-lhe o caminho e
doando-lhe gratuitamente a vida eterna. E este Salvador que é Jesus os
cristãos têm o dever sagrado de apresentar respeitosamente, sempre e de
novo, à humanidade.
(*) É bispo auxiliar de Aracaju-SE.
Epístola aos Hebreus. Trata-se de um dos livros da Sagrada Escritura.
Seu objetivo é discorrer sobre o sacerdócio de Cristo Jesus. Neste escrito
impressiona as afirmações fortes sobre a divindade e unicidade de Cristo:
ele é o Filho único e eterno do Pai, ele é igual ao Pai, ele é superior a toda
criatura, ele é o Salvador universal: Salvador de todos e único Salvador
para todos. E estas afirmações podem ser encontradas por todo o Novo
Testamento...
É importante nunca esquecer que os textos neotestamentários são a norma
da fé dos cristãos, o critério último da fé da Igreja. Naqueles escritos santos
encontram-se as experiências vivas que os primeiros cristãos fizeram, frutos
daquilo que viram e ouviram, daquilo que testemunharam de Jesus, o nosso
Cristo Salvador. Ali podemos tocar as origens da fé nossa fé: aquilo que
somos, aquilo em que acreditamos e o porquê da nossa certeza. Por isso
mesmo a igreja de cada época deve sempre escutar com devoção e profun-
da obediência estes textos santíssimos.
Faço estas afirmações porque vivemos num mundo de incertezas, no qual
muitas vezes se confunde diálogo com quem pensa e crê diferente com
capitulação da própria fé, escondimento da verdade na qual se apostou a
vida, traição à certeza que nos foi revelada. Há cristãos que perdem a fibra
de cristãos e, para serem simpáticos e “ecumênicos”, pensam poder colocar
Jesus entre parênteses, fazendo dele apenas mais um salvador, talvez o
principal caminho, mas não o único e necessário Salvador de tudo e de todos.
E é esta e só esta a nossa fé: Jesus é o Messias do Pai, Jesus é Deus como o
Pai. Jesus é o único através de quem e para quem tudo foi criado no céu e na
terra, Jesus é o único caminho para o Pai, Jesus é o único Nome no qual se
encontra a salvação, Jesus é o Salvador de braços e coração abertos para
todos e o desejo do Pai é que todos conheçam o seu Filho bendito, nele
creiam e por ele tenham a salvação. O que for menos que isto não é cristão;
o que passar disso é engano.
Aqui não se trata de ser intolerante; trata-se, antes, de ser verdadeiro, coeren-
te com aquilo que se crê, corajoso de dizer a própria identidade. O que leva à
intolerância não é a certeza, mas a incapacidade de dialogar e de respeitar
quem pensa diversamente. Os cristãos devem e querem respeitar a tão plural
realidade de crenças religiosas; pensam até que é muito melhor ter uma
religião que não ter nenhuma e veem em toda religião um bom germe: aquele
do coração do homem que se abre para o Infinito e procura o Rosto do Eterno...
Mas, esses discípulos de Cristo sabem que somente em Jesus Deus se deu
pessoalmente à humanidade, salvando-a, mostrando-lhe o caminho e
doando-lhe gratuitamente a vida eterna. E este Salvador que é Jesus os
cristãos têm o dever sagrado de apresentar respeitosamente, sempre e de
novo, à humanidade.
(*) É bispo auxiliar de Aracaju-SE.
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