segunda-feira, 8 de março de 2021



Dia 08 de março: um dia de reflexão e lutas

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Hoje, mais do que comemoração, é dia de muita luta. Não é uma data capitalista como tantas que temos, não ganhamos presentes; no máximo, recebemos mensagens de homenagem, que na maioria são de outras mulheres. Todavia, não é o que queremos mesmo, pois a melhor homenagem e o melhor presente são o respeito e a igualdade que nós almejamos, diariamente, no contexto social em que estamos inseridas.

Hoje é um dia de luta em defesa da vida, luta por vacina para todos, luta por igualdade de gênero, luta contra a misoginia, luta contra os desmontes das políticas públicas para as mulheres, luta por mais creches, especialmente em tempo integral, luta para sermos donas do nosso próprio corpo, luta pela  valorização do trabalho doméstico e a divisão dele  entre homens e mulheres, luta para mantermos os nossos direitos, historicamente, conquistados, pois os que temos têm sido fortemente atacados pelo governo atual e pelas pessoas machistas.

Hoje, sem dúvida, é um dia de refletirmos sobre as nossas lutas, ainda mais! Principalmente, para nos deixar VIVER. Queremos viver, queremos sair de um relacionamento vivas, queremos a garantia de que o nosso lar seja um porto seguro e não um lugar de perigos.  Queremos estar nos espaços públicos sem sofrermos quaisquer assédios sexuais ou estupro. Queremos e lutamos para ocuparmos os espaços de poder, nos quais podemos pensar, agir e usar as nossas vozes para interpelar por melhoria de vida para toda a sociedade.

Nós mulheres, somos sim FEMINISTAS, por necessidade, não por mera vaidade. Quem, senão nós mesmas, irá defender os nossos direitos? O lugar de fala exige que seja a nossa. Se o modo de sermos vistas e aceitas na sociedade não fosse hostil, não precisaríamos travar esta luta. Lembremos de Simone de Beauvoir, grande filósofa francesa do século XX, quando nos diz: “Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”. A nossa luta deve ser constante, vamos começar em nossos lares, desenvolvendo uma educação igualitária, e expandi-la aos demais espaços sociais.

Hoje, mais um 08 DE MARÇO, a nossa luta continua, não só por nós mesmas, mas por todos os grupos minoritários e desfavorecidos de nossa sociedade. Lutemos por bem-estar, igualdade e justiça social!  Vamos emponderarmo-nos hoje, agora e todos os dias, libertemo-nos e sejamos a voz que defende os oprimidos!

                                                                           

Rute Santos e Lilian Coutinho




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