A cor escolhida para este mês é rosa porque ela simboliza a delicadeza e a
elegância feminina, levando-nos a ter um olhar especial para nós mesmas.
Somos mulheres multicolores, cheias de alegria e garra, sempre fortes para
enfrentar desafios e obstáculos. Entretanto quando o assunto é o nosso corpo,
todo cuidado é pouco.
O lacinho rosa usado para a campanha de prevenção do câncer de mama
representa a fragilidade que o nosso corpo tem diante de uma doença tão grave.
O seio que alimenta, acalenta e faz as crianças crescerem saudáveis, é o mesmo
que está sujeito à manifestação de um distúrbio nas glândulas mamárias.
Distribuir esses lacinhos durante o mês de outubro e promover a campanha de
prevenção é uma forma que o Ministério da Saúde encontrou para nos
sensibilizar diante do autoexame. Todavia, não basta milhares de laços e luzes
rosas espalhados pela cidade, quando o SUS não está preparado para acolher
a todas e realizar os exames necessários. Segundo a FEMAMA - Sociedade
Brasileira de Mastologia (SBM), a mamografia regular deve ser feita a partir dos
40 anos em mulheres assintomáticas, como define a Lei 11.664/2008; no SUS,
por determinação do Ministério da Saúde, a orientação é para que a mamografia
seja realizada em mulheres com idade entre 50 e 69 anos a cada dois anos.
No Brasil, o câncer de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as
mulheres, depois do câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional de
Câncer (INCA). Em uma pesquisa realizada em 2018 foram estimados 59.700
casos novos para 2019, isso representa uma taxa de incidência de 51,29 casos
por 100 mil mulheres. Os dados nos apontam uma grave situação para a saúde
das mulheres, por isso requer de nós uma parceria contra esse câncer. Assim,
devemos orientar outras mulheres, principalmente àquelas que já estão na idade
de realizar a mamografia, ou que já tenham algum sintoma, ainda que mínimo.
Além disso, devemos exercer a nossa cidadania cobrando atendimento médico
público de qualidade, pois uma minoria tem condições de usar o setor privado.
A união feminina faz toda a diferença na luta por saúde e qualidade de vida.
Todos os dias enfrentamos tantas outras mazelas sozinhas, que não podemos
nos comportar como as ostras – fechadas em suas caixinhas. Se temos dúvidas,
devemos perguntar; se temos conhecimento, devemos compartilhar; se temos
medo, devemos procurar amparo; se temos coragem, devemos encorajar. Fazer
esses laços é o que realmente alude para salvar vidas. Precisamos nos cuidar e
sermos cuidadas o ano inteiro!
Rute Santos
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