A geração 5.G, todos conectados, porém desligados da vida.
Estamos
nesse estágio, cada pessoa é um mundo, tão cheio e tão vazio, pessoas que já
não reconhecem as dádivas de Deus, desconhecem os afetos, já não conseguem
sorrir de si próprio, tudo por aqui já é virtual, a gargalhada (kkkk) as
brincadeiras, os desafios o amor (❤) os corações partidos (💔),
a vida. Corpos presentes mentes ausentes, a era dos "mortos vivos",
desgastados consumidos, cansados, como zumbis que apenas fazem uso de tudo e
qual quer coisa que as redes sociais lhes impõem.
Uma
geração inteira sem ação, sem pensamento crítico sem argumentos sem
profundidade, já não podem pensar nem mesmo para responder perguntas simples de
seus filhos, filhos esses, que já não se parecem com seus pais, se parecem
muito mais com o Google, Youtuber, Tiktok, ou seja, lá o que for virtual.
Uma
geração inteira comandada por um sistema em redes, uma geração inteira que não
precisa ser naturalmente inteligente, pois isso também já é algo artificial.
Artificial também é a felicidade o amor a solidariedade a paz, tudo que se faz
por aqui apenas é para ganhar likes, curtidas ou seguidores desta grande teia
de ilusões onde você tem um milhão de amigos, mas terá que seguir sozinho.
Os
Robôs estão nos substituindo cada vez mais, enquanto estamos mecanizando nossas
dádivas, nossa capacidade de sentir, de se emocionar de compreender de amar.
Será que iremos ser aniquilados tão
facilmente? E por nossas próprias mãos e escolhas? Até que ponto podemos ser
comandados, conduzidos e manipulados?
Já
não sabemos mais o que é mais real nas self's ou status, se o sorriso forçado
ou o que revelam os olhos tristes e vazios se as vestes aparentemente finas ou
as almas maltrapilhas, as luzes da tela ou a escuridão de cada um.
Já
não se superam as dores reais apenas apagam as milhares de fotos postadas
daquela vida exibida cada vez mais rasa e breve.
Eu
sei! Tudo isso parece assustador ou sutil, mas estamos envoltos de uma vida que
nunca será melhor ou mais feliz que a que Deus nos deu, e no fim é apenas isso
que nós faz seguir nesta caminhada, o que somos pra nós mesmos e não o que
parecemos ser para os outros!
Vidas
separadas por um simples deslizar dos dedos, casais que não se tocam que já não
se beijam que não entregam flores, filhos que não reconhecem a voz das mães,
mães que já não cantam canções de ninar,
famílias inteiras perdidas sem encontrar o caminho de volta, é a frieza que
excede o calor humano.
Vidas
cinzentas e rostos iluminados pelas telas coloridas e hipnotizantes, já
desmemoriaram quase tudo, até mesmo sobre o amor genuíno.
A
maioria seguem na mesma direção, poucos saberão aonde chegar, já não somos tão
livres estamos todos confinados nas mesma e grandiosa teia.
A vida passa depressa, mas os olhos já não
alcançam apenas os olhos que tudo ver, pois veloz é a necessidade em promover o
que nos consomem e nos oferecer tudo que há de mais “belo” e artificial,
sentimentos, sentidos, inteligência. O produto? O produto é você! E tudo que
você deixou de viver, tudo que você não registrou no seu coração, na sua alma,
na sua memória natural, biológica, tudo
que se perdeu em algum lugar da nuvem, links, ou feeds de alguma rede social
logo substituída por outras tecnologias ou concorrência digital.
Os
Robôs? Esses serão mais felizes que nós, logo nós, que criamos a felicidade,
pois só os robôs poderão sobreviver ao amor artificial, o sentimento
artificial, o afeto artificial, o calor artificial, a inteligência artificial.
Apenas os robôs poderão ser artificiais.
Márcia Castelo Branco
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