sexta-feira, 6 de novembro de 2020

TUDO QUE O HOMEM NÃO DOMINA,DOMINA O HOMEM

A geração 5.G, todos conectados, porém desligados da vida.

Estamos nesse estágio, cada pessoa é um mundo, tão cheio e tão vazio, pessoas que já não reconhecem as dádivas de Deus, desconhecem os afetos, já não conseguem sorrir de si próprio, tudo por aqui já é virtual, a gargalhada (kkkk) as brincadeiras, os desafios o amor () os corações partidos (💔), a vida. Corpos presentes mentes ausentes, a era dos "mortos vivos", desgastados consumidos, cansados, como zumbis que apenas fazem uso de tudo e qual quer coisa que as redes sociais lhes impõem.

Uma geração inteira sem ação, sem pensamento crítico sem argumentos sem profundidade, já não podem pensar nem mesmo para responder perguntas simples de seus filhos, filhos esses, que já não se parecem com seus pais, se parecem muito mais com o Google, Youtuber, Tiktok, ou seja, lá o que for virtual.

Uma geração inteira comandada por um sistema em redes, uma geração inteira que não precisa ser naturalmente inteligente, pois isso também já é algo artificial. Artificial também é a felicidade o amor a solidariedade a paz, tudo que se faz por aqui apenas é para ganhar likes, curtidas ou seguidores desta grande teia de ilusões onde você tem um milhão de amigos, mas terá que seguir sozinho.

Os Robôs estão nos substituindo cada vez mais, enquanto estamos mecanizando nossas dádivas, nossa capacidade de sentir, de se emocionar de compreender de amar.

 Será que iremos ser aniquilados tão facilmente? E por nossas próprias mãos e escolhas? Até que ponto podemos ser comandados, conduzidos e manipulados?

Já não sabemos mais o que é mais real nas self's ou status, se o sorriso forçado ou o que revelam os olhos tristes e vazios se as vestes aparentemente finas ou as almas maltrapilhas, as luzes da tela ou a escuridão de cada um.

Já não se superam as dores reais apenas apagam as milhares de fotos postadas daquela vida exibida cada vez mais rasa e breve.

Eu sei! Tudo isso parece assustador ou sutil, mas estamos envoltos de uma vida que nunca será melhor ou mais feliz que a que Deus nos deu, e no fim é apenas isso que nós faz seguir nesta caminhada, o que somos pra nós mesmos e não o que parecemos ser para os outros!

Vidas separadas por um simples deslizar dos dedos, casais que não se tocam que já não se beijam que não entregam flores, filhos que não reconhecem a voz das mães, mães  que já não cantam canções de ninar, famílias inteiras perdidas sem encontrar o caminho de volta, é a frieza que excede o calor humano.

Vidas cinzentas e rostos iluminados pelas telas coloridas e hipnotizantes, já desmemoriaram quase tudo, até mesmo sobre o amor genuíno.

A maioria seguem na mesma direção, poucos saberão aonde chegar, já não somos tão livres estamos todos confinados nas mesma e grandiosa teia.

A vida passa depressa, mas os olhos já não alcançam apenas os olhos que tudo ver, pois veloz é a necessidade em promover o que nos consomem e nos oferecer tudo que há de mais “belo” e artificial, sentimentos, sentidos, inteligência. O produto? O produto é você! E tudo que você deixou de viver, tudo que você não registrou no seu coração, na sua alma, na sua memória natural, biológica,  tudo que se perdeu em algum lugar da nuvem, links, ou feeds de alguma rede social logo substituída por outras tecnologias ou concorrência digital. 

Os Robôs? Esses serão mais felizes que nós, logo nós, que criamos a felicidade, pois só os robôs poderão sobreviver ao amor artificial, o sentimento artificial, o afeto artificial, o calor artificial, a inteligência artificial. Apenas os robôs poderão ser artificiais.


Márcia Castelo Branco

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